sexta-feira, 16 de outubro de 2009

EXPOSIÇÃO VIRTUAL

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

ASPECTOS DA ILHA DO MEL

Praça Presidente Getúlio Vargas.

Um recanto diferenciado.

O largo espalha-se sobre o que antes era água e vai ligando as antigas e atuais águas do canal até os pés da Princesa (Avenida Princesa Isabel).

O Presidente (Pai dos pobres) observa o translado e seu gestual de largo calado me sugere que a qualquer momento vai erguer os braços e num gesto amplo, vai aplaudir ou falar sobre o vai e vem de navios a sua frente ou o vai e vem frenético de pessoas por todos os seus lados.

Aconchegantemente o arvoredo denso o protege (Nos protege) de sol quando em demasia, e talvez de outras tantas coisas mais.

Palco de manifestações humanas, aglomerados e por vezes lazer dos que ali buscam um pouco disso ou daquilo outro, seja o que for.

Imagino mais freqüência, como já deve ter havido e aguardo assim como a imponente e altiva estátua do líder de um povo os gloriosos dias de volta.






Convento de São Francisco (Cúria Metropolitana).

Sem sombra de dúvidas esse lugar me arrebatou desde o primeiro olhar, sua sinuosa localização e a adaptação da construção na paisagem da cidade alta, relevos absolutamente orgânicos de impacto direto.

Ladeiras que serpenteiam e paredes de pedras, chão de pedras, muros de pedras, uns que contêm outros que arrematam e tem também os que conduzem.

O conjunto parece tão natural, seus jardins e gramados, e muita sombra dadivosa para os dias de muito calor, muita sombra para refrescar a alma.

O frontão da edificação antiga, secular às vezes mais branco, outras nem tanto adornadas pelos arcos e “matames” do desenho forjado na massa por mãos crédulas e dedicadas dão destaque com esmero aquele alto, com tal magnitude que ao estar ali, a vontade que tenho e sentar na grama seja à sombra ou ao sol e olhar até encher o coração de cores e luzes.

Primeiro mosteiro Jesuíta, abriga também a Capela de Nossa Senhora das Neves (Lindo nome), bela história.





Calçadão e Ciclovia abaixo da Terceira Ponte.

Uma das tantas ilhas na ilha. Ou um dos tantos oásis que existem pelos recantos refeitos da orla ou costado como preferem alguns.
Aproveitamento de cada pedra e cada detalhe que, mesmo com a imensa massa de concreto que surge do chão, não impede nem cega os pingentes de cada curva e cada pedacinho de natureza. Esse refazer/ transformar me sugere a argamassa que molda os alicerces da personalidade Capixaba.

O recanto me sugere descanso! Gosto do ar e do clima do local, os coqueirinhos ainda relativamente novos fazem uma sombra dadivosa para os que ali se assentam em seus banquinhos a apreciar todo aquele movimento “calmo”.

Contrários que se harmonizam, bem planejado pedaço de miradouro, para os que passam, os que passaram e os que ainda passarão.

Naturalmente ouço comparações com terras holandesas ou outras! Não me agradam as comparações, creio que cada um, por suas razões especiais são locais únicos até pela característica de cada povo, ou indivíduos que compõe esse povo.

Sem, com certeza, jamais deixar de ser tocado, cada alma que pousa por essas paragens pela tranqüilidade do local e das vistas de arregalar.





Avenidas Vitória e Beira Mar, Canal e Portos

Afortunadamente consegui depois de muito sobe e desce um ângulo de captura onde as duas avenidas, em planos distintos quase se tocam.

Vias de fluxo intenso, artérias da modernidade imposta pela ocupação da Ilha do Mel. Essa vista proporciona uma percepção de uma humanização da cidade pela natureza (Preservada ou recolocada) que acompanha a paisagem, caminhos de tantos a toda hora, resultado da intervenção pela mão do homem, do progresso e dos objetivos ocupacionistas não deformaram o lugar.

A arborização e encostas e desse estonteante trajeto do dia-a-dia, complementado por outra via, a água que circunda Vitória e que a separa e liga com os mundos, continentes, países desse nosso vasto mundo.

Assim o ilhéu com seu caráter isolacionista lutam a favor de uma natureza que o predispõe e opta em ser caminho, pousada para quem assim deseja e continuidade para quem a busca.

Uma curiosidade pra variar! O nome oficial é Avenida Mascarenhas de Moraes, Beira mar é o apelido popular que fica e vale. Seja de Florianópolis a Fortaleza, passando por Vitória, cada cidade tem a sua (Avenida Beira Mar) com suas características e belezas, impar! É só ter olhos para ver, coração para sentir, parar um pouco e observar.






Canal de Vitória, Penedo e Porto de Vila Velha.

Essa sem dúvida foi e creio, serão sempre umas das imagens guardadas nas vistas e coração. Da Ilha do Mel.
Vim a cidade em 1975, e o Penedo, a Avenida beira mar com o canal ficou gravado. Não canso de ser surpreendido com as metamorfoses a cada hora do dia ou noite, a cada interferência e reflexo da luz, a cada momento, a cada olhar.

As caminhadas à beira mar. Sempre trazem novidade, os navios com suas cargas formando um tabuleiro de pecinhas coloridas, me sugerem inicialmente um daqueles brinquedos da minha infância. Rebocadores que sugerem ballet, quando andam ao lado em torno dos navios, acho a maior graça. Os navios sempre me surpreendem pela grandiosidade e proximidade. Automaticamente penso; “Como seres tão pequenos, somos capazes de construir objetos tão grandes, pesados e ainda flutuam”.

Os portos, as engenhocas e geringonças metálicas que fazem parte da paisagem portuária, que aos olhos de muitos seria algo “feioso”, pra mim compõe muito bem o cenário, dando cores, formas e texturas ao conjunto.

A vista do canal, as garças, a lama, as marés e até o lixo (Infelizmente) trazem pra mim um composto de sentimentos e pensamentos que me atiçam a mente a cada andança.

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